20 julho 2007

Vontades


Vontade de zarpar… do nada!
Vontade de ir… só! Porque sim… porque não… porquê tantos porquês? Não importa…. Era só ir. Sem certezas. Sem destino.
Sem nada… e sem ninguém!
Ir… como se o aqui, o agora, o amanhã ou o depois não importassem.
Como se pudesse, por momentos, não ser nada além de mim.
Bicicleta. Comboio. Estações. Apeadeiros. Saco-cama que se serpenteia em noites mal dormidas, num chão de dura existência. Sem abrigo.
E as barreiras. As putas das barreiras que estorvam. Que não deixam seguir em frente. Que não deixam ir como se nada fosse. As putas das barreiras que não deixam mostrar por aí quem sou… e como sou. No hoje. No agora.
Viajante. Peregrino de crenças refutadas.
Porque não me deixam crer?
Porque não me deixam ir?

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